sexta-feira, 20 de novembro de 2009

(Mara)Cajá e a saga da ressucitação do barbudo.

Nobres colegas de sala, correspondentes de terras longínquas e demais seguidores e usufrutuários (MILTON, 2009) da Ironia. Ocorreu há uma semana um encontro sem precedentes na história mundial, onde o "professor" (sem nunca ter lecionado!!) Cajá e o companheiro Maracajá encontraram-se. O momento não poderia ter sido (três verbos seguidos...) mais oportuno: um "seminário" sobre os trinta anos da lei da anistia, que transformou-se em uma palestra de defesa ao comunismo em pleno século XXI, graças ao esforço hercúleo do "professor" Cajá que falou sozinho pela maior parte do tempo a uma palestra de indivíduos barbudos vestidos de vermelho e a alguns representantes de nossa sala.

No início, o presidente do DCE da UEPB (não sei o nome de meu próprio representante!) delegou vinte minutos iniciais para que todos os convidados falassem algo sobre suas experiências com a lei da anistia. O "professor" Cajá, que gosta muito da ordem instituída pelo Estado e não quer destacar-se em relação aos seus companheiros, falou por ininterruptos cinqüenta e cinco minutos sobre temas diversos, partindo de seu nascimento, no interior da paraíba, à sua vida acadêmica em Pernambuco, até seu engajamento com Marighella e Manoel Lisboa, famosos nacionalmente por terem seu rosto e nomes pichados pelas ruas...

Em seguida, com uma cara de sono perdoável devido às cinrcunstâncias, falou o professor MESMO (JU DA XOXOTA, 2009) Arroxelas sobre a perseguição política que ele sofreu quando da ditadura militar no Brasil. Posteriormente, seguiram-se breves pronunciamentos de professores detentores de uma visão mais crítica e imparcial do período militar em nosso país.

Em seguida, foi aberto um momento para perguntas. Sentindo a veia política pulsar em seu corpo, lá foi o companheiro Maracajá, representante de uma instituição que eu não me lembro o nome (desculpem-me, foi já há algum tempo que ocorreu tal momento aqui descrito). Ele estava tão envolvido na causa da anistia que até a parte que deveria ser branca de seus olhos estava vermelha! (talvez por ter adormecido durante o "breve pronunciamento" de Cajá e acordado naquele instante, quando viu o púlpito solitário e o microfone aberto a quem quisesse falar).

Após segurar o objeto cilíndrico elétrico metálico (eu faria uso de outras palavras terminadas em "ico", mas o momento não é oportuno) com uma cabecinha diferente do corpo chamada MICROFONE (mentes poluídas!!), Maracajá fez um belo, apesar de tendencioso, pronunciamento de aproximadamente quinze minutos, quando lhe foram estipulados três, tratando dos mais diversos temas políticos, inclusive fazendo apologias ao sócio-comunismo. Quando todos achavam que ouviriam uma pergunta, o que foi ouvido foi um "obrigado", e não uma oração terminada com um ponto de interrogação, ao que seguiu-se o construtivo comentário do "professor" Cajá, que pode ser aqui transcrito ipsis litteris (TICOSIL, 2009) dada sua riqueza lexical: "Eu concordo com tudo que o companheiro Maracajá disse."

Depois de alguns momentos construtivos, como os dos pronunciamentos pelos ilustríssimos colegas (não companheiros, pra não me misturar muito com a causa do seminário), dando destaque ao da ilibada Camile: "eu vou falar sentada mesmo, porque eu tenho vergonha..." e de Laureano, que mostrou toda sua coragem ao falar sentado e (detalhe) sem pegar no objeto cilíndrico metálico elétrico como os demais. Isso tudo foi show! (VIANA, 2009)

Por fim, quando todos suspiraram de alívio ao ouvir que era chegada a hora das considerações finais por parte dos convidados, o "professor" Cajá apoderou-se do microfone para algumas considerações anteriores às finais e discursou por quarenta e sete minutos cronometrados (se suas palavras fossem transcritas, poderiam ser publicadas sob o título "Apologia ao Comunismo"), onde pregou, entre outras coisas, a hipótese de que Che Guevara estava vivo (agora estão entendendo o título, né?), que Cuba era um país rico em que ninguém era pobre, que ele não foi perseguido ao pôr seus pés naquela ilha, que não havia perseguição de nenhum tipo no território de Fidel, e mais alguns devaneios.

Para finalizar, transcrevo também as considerações finais propriamente ditas do "companheiro", "professor" Cajá: "Parabenizo vocês pela iniciativa de montarem esse seminário sobre a Lei da Anistia."

Restam as perguntas:
- QUANDO FOI FALADO DA LEI DA ANISTIA NESSE SEMINÁRIO?
- CHE GUEVARA TAMBÉM MORREU CRUCIFICADO?
- AINDA DEVEMOS ACREDITAR QUE A SIMPLES RAZÃO HUMANA, ABRINDO MÃO DA COAÇÃO (COMO VISTO PELA ORDEM RESPEITADA E CUMPRIDA POR MARACAJÁ E CAJÁ), SÃO BASTANTES PARA SE RESPEITAR A VIDA SOCIAL?
Quem souber alguma resposta, por favor, poste via comentário. A população mundial agradece.

Um comentário:

  1. Faltou Célio e Taiguara para discutir com Cajá e seu pseudoxará Maracajá. Já pensaram como seria? O debate iria durar a noite todinha.

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